Se você conhece a história das histórias em quadrinhos, Jack Kirby dispensa apresentações. A poderosa arte do homem contribuiu, direta ou indiretamente, para a criação dos baluartes MARVEL X-men, Hulk e Quarteto Fantástico.
A contribuição de Kirby também se fez presente em vários outros trabalhos, mais desconhecidos mas não menos interessantes. Este post é sobre uma dessas suas obras que o grande público desconhece, pois nunca reeditada em material além do original. Trata-se da adaptação que o mestre fez para 2001: Uma Odisséia no Espaço (2001: A Space Odissey), o qual toda gente conhece como filme do outro mestre, Stanley Kubrick, lançado em 1968, mas cuja ideia inicial nascera no conto The Sentinel, de Arthur C. Clarke.
A história de Kirby até que tem algumas passagens retiradas da versão original, mas o que ele optou adaptar mesmo foi o trabalho do Stanley.
A história foi lançada em 1976 como uma obra autocontida. Mais tarde, Kirby resolveu revisitar o universo, através de uma série em 10 edições. Mas dessa decidiu marvelizar a parada; inserindo monstros e alienígenas e, ao final da saga, em paralelo com o conceito de inteligência artificial do filme, deu origem a um novo herói, que passaria a habitar o Universo Marvel . Um personagem tão interessante quanto obscuro; O Homem Máquina (MACHINE MAN), cuja própria revista começou a ser publicada em sequência a 2001, até ser cancelada no número 19. Desde então, a Marvel ressuscita o personagem a cada 10 anos mais ou menos (1984, 1999).
A saga de 2001 culminou na criação do personagem X51, que mais tarde foi integrado ao Universo Marvel com o nome de Machine Man.
Num dado momento, o Homem Máquina se tornou membro dos Vingadores. Assim, é justo afirmar que a foderosa equipe Marvel carrega parcelas de Stanley Kubrick e Arthur C. Clarke em seu DNA.
Ouve-se pela nerdosfera que os fãs de Kubrick não são lá muito chegados a essa adaptação. É compreensível, caso não haja real interesse por parte de tais fãs em se saber mais a respeito. Para os fãs de Kubrick, contudo, trata-se de um grande deleite.
Por falar em deleite, seguem alguns lápis que o mestre fez para a obra…
Logo menos tem mais